Wednesday, July 26, 2006

A Ilha de Algodoal - PA

Difícil prever o que esperar, difícil saber o que encontrar, difícil ter que voltar...

A gente viaja para certos lugares que nos transmitem momentos especiais, coisas boas e sadias nos fazendo sorrir um pouco mais e enxergar com mais beleza as coisas mais simples ao nosso alcance. Nos fazem relembrar momentos parecidos, que ficaram guardados...

Sem muita burocracia, sem muita burguesia. Pés descalços, meias entre dedos e sandálias, areia, muita areia, uma rede, uma barraca, alguns miojos e uma ilha inteira para se admirar.

Conheci um lugar que achei muito lindo, se chama Algodoal. Fica aqui no Estado do Pará, próximo a Belém.

Belíssimas praias, muitos turistas no verão, bandas que sempre animam o ambiente, rolando muito reggae, carimbó (é tipo o congo de Vix/ES ou o côco que conheci na UfScar/SP) e até a sorte de tocar uma banda cover do Pink Floyd (cacete, o que foi aquele momento, só quem estava presente sabe...).Foi uma ótima surpresa.

Refleti muito naquele céu maravilhoso em momentos de sobriedade interior. Conheci um pouco mais de pessoas próximas e distantes. Agradeci por estar ali... Na verdade eu não fazia um rock destes desde o reveillon de 2003 para 2004 em Itaunas/ES, nunca mais eu tinha acampado num lugar paradisíaco. Acho que foi no momento certo e graças ao bom Pai, deu tudo certo. Sei que a gente volta sobrecarregado com energias em desequilíbrio e no meu caso são coisas que busco não me deixar tentar influenciar, nunca esquecendo quando as dificuldades eram maiores, quando o senso era de olhar vazio e perdido, de medo e solidão.

Minha luta é grande, mas qual luta não é. Todos temos as nossas. É sempre difícil lidar com o desconhecido. Mas as vitórias que aos poucos conquistamos nos dão cada vez mais força para lutar contra qualquer mal que tente nos perturbar, sempre tendo bons pensamentos e pedindo proteção ao nosso bom Criador. Nós nunca estamos sozinhos, podem ter certeza, sempre alguém olha pelo nosso bem.

Como nada é perfeito a gente se contenta em estar feliz e estar de bem com a vida, mesmo que o coração peça mais. Pensei muito nos amigos longe, nos irmãos que poderiam estar ali, nos meus primos que me transmitiam um pouco de paz interior para não me sentir um tanto sozinho. Saudades da galera que está longe, espalhados por esse Brasil . . .

Vou sentir falta desses momentos nessa bela ilha e das pessoas que fizeram estes momentos se tornarem muito mais especiais pelo fato de estarem ali, sorrindo, se divertindo, me fazendo sempre aprender um pouco mais com as oportunidades que nos são dadas.

Obrigado, mas sentirei saudades . . . não esquecerei de ti !

Te cuida . . .

Julho 2006 – Algodoal - PA

Tuesday, July 18, 2006

Viajando pelos rios da Amazônia . . .

Na verdade eu não sabia bem o que esperar dessa viagem. Estava bastante ansioso em ir até Parintins e passear pelos rio da Amazonia. Peguei um avião e fui até Santarém (é a segunda maior cidade do Pará). De lá, com barco alugado, viajamos pelo rio Tapajós, entre atalhos, pois o rio está cheio nessa época e da para cortar caminho e depois finalmente o Rio Amazonas.
Vi coisas que marcam a gente, cidades ribeirinhas, muitos pescadores em suas minúsculas canoas onde passam noites no meio do nada com suas redes (malhadeiras), tarrafas e linhas, lembrei de meu avô ... Até fiz uma pescaria mas confesso que não peguei nada, mas foi uma aventura e tanto.
O céu é maravilhoso, lembrei muito das noites que passei olhando para o céu estrelado em cima das Dunas de Itaúnas/ES. No meio do rio, água que não acaba mais e a margem em certas partes fica difícil de se enxergar. Realmente temos muita água e rios que não acabam mais nessa Amazônia. É um outro mundo que esse povo está acostumado a viver, não na nossa selva de pedra e correrias do dia-a-dia. Por isso que gosto da praia de Vila Velha, gosto de subir as montanhas e ir para Campinhos, passear por outros lugares são coisas que gostaria de fazer mais vezes quando eu voltar. Nosso estado tudo é tão perto, basta ter vontade. Aqui tudo é longe, tudo é muito verde, tudo demora. Uma viagem de barco Belém x Santarém são 4 dias mais ou menos. De avião são 1:15h praticamente pelo mesmo preço. O que conta é a experiência, a paisagem, a aventura. Essa a gente jamais esquece e deixa guardada.
Pensei muito na família, nos amigos que ficaram para trás, nas pessoas que conheci, no povo que pude ver que jamais terão a oportunidade de ver nada mais além do que o rio possa mostrar...

Muitas coisas para se pensar em tão pouco tempo... Na verdade, isso tudo é uma bênção !
Obrigado pela experiência de estar aqui . . .